O Executivo De Meia-idade Registra, Na Forma De Diário, Suas Conversas Na Rede Com Pessoas Em Busca De Uma Relação Afetiva. Os Pretendentes O Procuram Atraídos Pelas Fotos. Ele Os Enreda Na Teia De Sedução Da Qual Extrai Inusitado Prazer, Estimulando E Explorando Seu Desejo, Criando Situações Em Que Atração E Sexo Misturam-se Com Sentimentos Ternos, O Mais Puro Fascínio. Registra, Na Perspectiva Do Narrador Que A Tudo Observa, Como Esse Jogo O Consome E O Desumaniza. Em Mergulho Para Dentro De Si, Lago De Margens Imprecisas, De Camadas Densas E Liquefeitas Da Consciência, Pergunta-se: Sobreviver Do Outro, Devorar Seus Sonhos, Vampirizar Emoções Para Aquecer A Solidão Não É Da Vida O Avesso? Não É Morrer Aos Poucos? Continua, Mesmo Assim. No Entanto, O Destino Prega-lhe Uma Peça: Apaixona-se. Vê-se Enredado Na Própria Armadilha. Da Paixão Vive O Encanto E Amarga O Desatino.