Poliana Dos Santos Investiga Os Anos Iniciais Da República, Focando A Cultura Popular, Por Meio De Um Exame Criterioso Acerca Da Resistência Dos Pobres Na Cidade Do Rio De Janeiro Frente À Carestia Da Vida. A Autora Demonstra, Por Meio Da Análise Acurada Das Crônicas De Lima Barreto E João Do Rio, Que Os Menos Abastados Não Estiveram Alheios Às Benesses Advindas Com O Progresso, Pleiteando Tais Confortos E Qualidade De Vida. A Autora Busca, Por Meio Dos Indícios Encontrados Nos Escritos Daqueles Dois Literatos, Entender As Táticas Então Elaboradas Pelos Pobres Para Sobreviverem Em Meio A Uma Sociedade Que Os Excluía E A Um Momento De Grave Crise Inflacionária. Assim, Por Intermédio Da História E Da Literatura, E De Uma Abordagem Cultural, A Historiadora Evidencia O Quanto O Povo Fez Parte Do Paraíso Dos Abastados E O Quanto Foram Ativos, Negociando, Aceitando, Exigindo Ou Recusando O Que Lhes Era Negado Ou Imposto.