Os Longos Anos Da Guerra Civil Angolana Causaram Muitos Deslocamentos Dentro Do País Como Também A Emigração Em Alto Escala. Essa Mudança Geográfica Implica Uma Mudança De Hábitos E Valores. Ocorre Uma Adaptação Cultural Que Interfere Significativamente Na (re)construção Identitária. Nesse Processo, A Memória Revela-se Um Bem Precioso Porque Serve Para Reconstruir, Afirmar Sua Identidade. Ela Não É Uma Simples Reprodução Do Passado, Mas, Sim, Uma Elaboração, Uma Reconstrução Do Passado No Presente. A Sobrevivência No Exílio Cria Novas Imagens E Novos Sentimentos, Que Geram Novos Valores No Meio De Ilusões E Desilusões Na Terra De Asilo. As Discriminações E Perseguições Que Sofrem Os Exilados Angolanos Acentuam As Desilusões No Que Diz Respeito Às Expectativas Que Tinham Em Relação Ao Exílio, Desconstruindo-se, Deste Modo, O Mito Da Terra De Asilo. Tudo Isso Faz Com Que, Enquanto Estão No Palco Do Exílio, As Pessoas (re)construam Constantemente Suas Diversas Identidades. Sonhos, Esperanças E Desilusões Às Vezes Misturam-se Ao Longo Da Experiência Migrante Do Exilado. Palavras Chaves: Identidade Nacional, Reconstrução De Identidade, Exilados, Angola, Brasil.